terça-feira, janeiro 23, 2007

Psicologia Organizacional X Psicologia Clínica

Hoje aqui no Escritório, estávamos discutindo as diferenças entre o trabalho em Psicologia Clínica e a Consultoria em Psicologia Organizacional. Depois de muito discutir, chegamos a uma conclusão ainda precária, mas em dificuldade ambas se parecem: trabalhar com eventos grupais ou com queixas individuais é em complexidade igual.

Mas se pensarmos separadamente na etapa de "diagnose", temos por um lado uma vivência maior dentro da Empresa, conhecendo pessoas e o funcionamento dos departamentos, fazendo entrevistas e observações, por outro lado, na clínica, não conseguimos vivenciar o dia-a-dia do cliente/paciente, conversando com sua família, observando-a atuar ou viver. E por isso deve-se ter a habilidade de extrair o que é preciso apenas através do relato. Em compensação, na Empresa temos os "jogos de poder" que poderão nos dividir e atrapalhar nossa análse.

É lógico que há uma série de outros questionamentos e pontos a serem levantados, portanto, comentários serão muito bem vindos!

Um abraço!

2 comentários:

  1. Anônimo6:11 PM

    A discussão no Escritório não foi tão precária assim, pois percebemos que a dificuldade em lidar com os conteúdos psicológicos na organização ou na clínica está na própria pessoa, ou seja, no psicólogo ao manejar o setting. Os fenômenos podem ser classificados igualmente tanto na clínica como na organização, tais como as relações transferências, mecanismos de defesa, baluartes, que são os “pontos cegos” do terapêuta ou consultor por não perceber o fenômeno. Enfim, como você mesmo disse, vai depender da habilidade do psicólogo nos diferentes ambientes.
    Que bom que conseguimos sentir estas dificuldades; isto mostra a tentativa de compreender verdadeiramente o outro. Quando não existe dificuldade, há um risco de que o psicólogo não esteja percebendo a complexidade do outro.

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  2. Ótimo Jaqueline! Realmente essa foi uma excelente análise. Perceber o outro, seja um cliente ou não, é uma das principais características para um bom profissional.

    Se não estivermos com uma boa escuta e abertos para "o outro" não compreenderemos a dinâmica do cliente (paciente ou empresa) e não conseguiremos contribuir para a saúde mental dele.

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