segunda-feira, novembro 29, 2010

Liderar ou não Liderar, eis a questão

Ser ou não ser, eis a questão, vem da peça "A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca, de William Shaekspeare e combina muito bem com assumir ou não o papel da Liderança.

Essa questão para mim, é fundamental. Enquanto outros fatores decorrentes do "ato" de liderar são secundários, assumir o papel de líder é a chave que conecta a atitude de liderança à você que exerce esse papel. Papel este que não é fácil, pois nos cobra mudanças de comportamento radicais e às vezes fazendo-nos adaptar comportamentos. Mas quem almeja liderar de verdade tem, com toda a certeza, que assumí-lo de forma integral.

E o que é assumir o papel de Líder?
Antes de tudo é assumir responsabilidades. Muitas vezes até aquelas que não são suas em um primeiro momento. Pois está embutido no papel do líder garantir os resultados globais da organização, e por isso assumir em alguns momentos responsabilidades fora do seu escopo é seu dever e irá conferir ao seu papel uma imagem diferenciada diante de todos.

O objetivo disso não é parecer mais ou melhor que outros, mas sim, mostrar que liderar não é apenas ficar no seu quadrado buscando excelentes resultados dentro dele, mas sim expandir sua função, agregando ao negócio e ajudando nos resultados globais da organização.

E aí, você quer assumir esse papel?
Desde que Carlos entrou na empresa tinha um objetivo em mente: tornar-se um gestor.
Mas assim que conseguiu atingir sua meta, viu que sua vida tinha se tornado muito mais difícil dentro da empresa. Ele era cobrado de cima e de baixo, precisava apresentar resultados à empresa, mas também estimular a motivação em seus colaboradores, precisava se destacar, mas ao mesmo tempo ser parceiro das outras áreas. Sua cabeça ficou confusa, quis voltar atrás, mas já era tarde. Seu "passaporte" já tinha sido carimbado e ele estava longe demais pra retornar.

Sua única saída era assumir de vez esse papel e seguir em frente com determinação.
E foi isso que Carlos fez. Matou no peito a responsabilidade de liderar, estudou, aprendeu, perguntou, entendeu que feedback pode vir de qualquer um, e que as críticas são suas únicas chances de crescer. Passou a precisar menos de reconhecimento e mais da visão daqueles que enxergam além do óbvio. Buscou o desenvolvimento. Carlos hoje defende a equipe como se fossem os últimos que podem ajudá-lo, defende a empresa como se fosse sua, investe tempo planejando, treinando pessoas, avaliando números e buscando melhorar, ouve as pessoas e está sendo aquilo que sempre quis ser: Líder.